Economia Circular

Economia circular: prioridade hoje e sempre

por

Daniella Souza Miranda

Latin America Commercial Vice President - Dow

Em 2020, a celebração do dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, aconteceu num momento único da nossa história no planeta. Neste ano, cidades ao redor do mundo adotaram o isolamento social como medida protetiva contra o novo coronavírus. E com muito mais gente em casa, sem se locomover, houve mudanças: um céu mais azul, mares e rios cristalinos e animais mais presentes nos centros urbanos. A relação de causa e consequência do impacto que temos no meio ambiente está mais clara do que nunca.

Há ansiedade e incertezas sobre o futuro. Faremos mais home office e menos viagens à trabalho? É bastante possível e são definições que devem ser avaliadas, inclusive, do ponto de vista ambiental. Mas a reflexão que acredito ser essencial é sobre a sociedade que seremos. E, neste quesito, a ideia de um mundo mais sustentável se coloca como prioridade e eu acredito firmemente que este é um momento importantíssimo para as empresas se posicionarem. O valor do plástico como um material que proporciona mais proteção e segurança, definitivamente não elimina a necessidade de promover a circularidade: ao contrário, nos dá uma oportunidade de construir com a sociedade um novo pacto. Hoje, os consumidores têm uma percepção melhor do lixo gerado diariamente. Pensemos como cidadãos: antes, muito desses resíduos não ficavam concentrados em casa; ficavam no escritório, fábricas, restaurantes, escolas, e tantos outros lugares que visitávamos. Por consequência, não tínhamos que lidar com isso. Neste momento, estamos mais conscientes da importância do plástico como material e, mais do que isso, do nosso impacto individual e necessidade de fazer parte da solução.

O Fórum Econômico Mundial, em artigo publicado em maio, defendeu ser “uma missão coletiva o encorajamento do desenvolvimento da economia circular”, um modelo que pensa a destinação do resíduo como parte do processo e da cadeia produtiva. Neste sentido, de acordo com o texto, as empresas precisariam ser mais proativas e investir em pesquisa e desenvolvimento para a criação de soluções sustentáveis. Além disso, as companhias e os governos deveriam alocar mais recursos para educar as pessoas sobre como se trabalha a economia circular e porque a sociedade deve reusar e reciclar.

Todas as inovações sendo desenvolvidas com nossos clientes hoje, que buscam endereçar os desafios da sociedade em pandemia, já nascem com a obrigação de serem recicláveis, com exceção daquelas que por questões sanitárias não podem ser reaproveitadas, como as da área médica. Além disso, mais que continuar com os projetos de fomento à cadeia de reciclagem, estamos em parceria com a Fundação Avina para garantir que suportamos as cooperativas de reciclagem neste momento de difícil gestão de resíduos. Além dos cooperados do Programa Reciclagem que Transforma, fizemos um aporte para cooperativas e catadores de toda a América Latina.

Novos tempos, inúmeros desafios e a necessidade de rever muitos conceitos sobre como vivemos em sociedade. Mas acredito que este ano também consolida muitas certezas. Duas delas, na minha opinião: a importância de colaborar para avançarmos como sociedade e a necessidade de consolidar a economia circular. E, juntas, essas evoluções são poderosas. Por essa convicção vou seguir compartilhando e dialogando com vocês, parceiros, clientes e marcas, sobre economia circular e sobre como podemos avançar juntos.

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