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Por que a reciclagem mecânica é aliada da economia circular?

Método ressignifica o produto, prolongando a sua vida útil, e evita que os materiais tenham descarte inadequado

A reciclagem mecânica é o método mais empregado para ressignificar o uso dos resíduos no mundo. Quando se trata do plástico, é a maneira de transformá-lo sem modificar sua estrutura química.

Ela pode ser categorizada em dois tipos: a primária e a secundária. No primeiro caso, o material descartado mantém as mesmas características do produto original e é decorrente da própria indústria, como o plástico que sobra ao longo do processo industrial por saído com algum defeito. Já, no segundo modelo, os materiais normalmente têm origem urbana, ou seja, são provenientes do descarte de embalagens de cosméticos, por exemplo, titulados como resíduos pós-consumo.

Como é realizada?

A reciclagem mecânica é realizada em etapas. Os descartes passam por alteração física, o que significa que eles percorrem alguns passos de aproveitamento. Primeiro, vem a trituração, depois a lavagem e, em seguida, o reprocessamento, fim da jornada em que ocorre a mudança do formato por meio de variação de temperatura que conserva as suas propriedades químicas e/ou físicas por meio de trituração e moagem1.

Por que reciclagem mecânica e economia circular andam juntas?

Ao analisar a cadeia produtiva de embalagens plásticas, a reciclagem mecânica tem sido um caminho possível para descartá-las de maneira mais adequada e consciente. Um exemplo disso é a Coca-Cola que, desde 2018, vê no reaproveitamento por completo uma grande aposta. No mesmo ano, a companhia se comprometeu, até 2030, a recolher todas as embalagens comercializadas. O investimento dessa empreitada é de R$ 1, 6 bilhão e o projeto pretende desencadear uma série de ações, como parcerias com ONGs, catadores de materiais recicláveis e iniciativas ao uso de embalagens retornáveis, entre outras ações.

Resumindo, a reciclagem mecânica é capaz de ressignificar o que seria descartado, garantir valor aos subprodutos, o que impacta diretamente na reputação das empresas.

Mas o que funciona, na teoria, precisa se refletir na realidade, e no meio corporativo isso significa que também precisa gerar lucro. O mercado sinaliza que há oportunidades, como mostrado pela reportagem da CNN Brasil, de agosto de 2020, que veiculou dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), e apontou que o Brasil perde R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem adequada do lixo.

Ou seja, há espaço para ganhos significativos e também para projetos inovadores que têm como objetivo reforçar o modelo circular ao garantir que os resíduos tenham um descarte adequado e sejam aproveitados ao máximo, prolongando sua vida útil e reduzindo o impacto negativo que o descarte incorreto pode causar.

Referências:
1 – https://www.ecycle.com.br/component/content/article/44-guia-da-reciclagem/3631-o-que-e-reciclagem-mecanica.html

Na Prática
Há associações e iniciativas sérias que promovem discussões sobre o assunto e atuam para que o tema avance no setor. Além disso, a Dow oferece soluções para posicionar e fortalecer a reciclagem mecânica como aliada da economia circular:
1

ABIPLAST

A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) tem uma trajetória com mais de cinco décadas. É um dos agentes mais importantes do segmento de transformados plásticos da reciclagem.

2

PACK STUDIOS 

Serviço da Dow oferece uma rede de especialistas, competências técnicas e conteúdos para acelerar inovações sustentáveis no segmento de embalagens.

3

PCR

Resina produzida pela Dow a partir de plástico reciclado pós-consumo com alta performance e resultado da aplicação final semelhante ao material virgem.

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