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Design Circular: Transformadores do plástico na rota do futuro

Enquanto você lê esse texto, em algum lugar do mundo, um time de pesquisa e desenvolvimento está trabalhando em algo que afetará diretamente os seus negócios. Entenda porque os conceitos do design for recycling (design circular) são tão importantes para as empresas transformadoras do plástico.

Todos os desafios de uma empresa, seja de produção, estruturação de equipes, vendas ou aquisições, demandam uma forma específica de pensar. Na indústria do plástico não é diferente.

Neste caso, para desenvolver soluções que atendam às demandas propostas pela economia circular, surgiu o conceito Design Circular, se preferir, Design for recycling ou simplesmente D4R, que estabelece que produtos e embalagens devem ser projetados para serem facilmente recicláveis.

O modelo de pensamento tem sido uma prática de mercado bastante exitosa. Sua apropriação na indústria, por consultorias como IDEO, tem como premissa colocar o consumidor no centro de toda e qualquer solução.

A prática tem impulsionado empresas a trabalharem com perspectivas mais longevas, uma vez que o D4R considera toda a jornada de um produto englobando sua origem, seu descarte e retorno ao processo produtivo com geração de valor.

Confira o vídeo e veja como funciona:

Design Circular: criação que liga as etapas produtivas da cadeia

No mercado B2B, é muito comum que lideranças foquem o olhar nas metas de venda e na interlocução com o seu cliente direto. No entanto, a atuação na indústria do plástico tem exigido cada vez mais uma visão expandida e o design for recycling é essa lente de aumento, uma vez que seu processo de criação considera todas as etapas da cadeia produtiva, as dinâmicas de consumo, o processo de descarte e o retorno à origem do circuito com geração de valor.

A capacidade de observação do design circular não é uma competência que beneficia somente designers, mas influencia também a atuação da indústria para a própria indústria. Entender a movimentação de quem consome os produtos do seu cliente é entender sobre as próximas demandas, o que o ajudará a efetivar seu planejamento e suas metas de negócios.

Pensando nisso, é importante reforçar que esse público final está em constante transformação. Segundo o relatório de tendências da FJORD, consultoria de inovação e design, o consumo vive um “realinhamento de fundamentos”. “Num mundo em luta com as mudanças climáticas e constantes rupturas políticas e sociais, as pessoas estão cada vez mais conscientes de como seu consumo afeta os demais cidadãos e os recursos naturais. As pessoas demandam produtos e serviços que não são importantes somente para elas, mas também social e ambientalmente responsáveis”, reforça o material.

Design for recycling: evolução do modelo atual de embalagem

O design for recycling desponta como a origem, entre as soluções tecnológicas que devem ser desenvolvidas pela indústria de polímeros e que apontam uma evolução para um novo cenário ambiental, segundo o especialista John Richardson, do respeitado portal britânico Icis, referência na indústria petroquímica.

No campo das embalagens, ao observarmos alguns mercados mais avançados nesse sentido pelo mundo, como a Europa, entendemos o efeito nos negócios em se trabalhar sob essa ótica. Países como Alemanha e Noruega exemplificam que as soluções de embalagem retornável, que pode ser reciclada e voltar ao mercado como uma nova, estão incentivando o consumo.

Dados publicados no relatório The New Plastics Economy, criado pela Fundação Ellen MacArthur, Fórum Econômico Mundial e McKinsey & Company, reforçam uma oportunidade: ainda há muito a fazer. O material aponta que, sem inovar o design das embalagens plásticas, cerca de 30% desse material jamais será reutilizado ou reciclado. O documento informa também que apenas 20% das embalagens plásticas têm a reutilização como uma alternativa economicamente viável.

A adoção do D4R pela indústria do plástico é um vetor de transformação econômico e social, pois aumenta de forma significativa as oportunidades para as cooperativas. Atribuir possibilidade de reciclagem às embalagens é uma demanda do consumidor e, por consequência, das marcas que queiram uma perspectiva de mercado mais longínqua. É possível citar empresas que se comprometem com esse conceito, como L’Oréal, Coca-Cola, Natura, Nestlé, Danone, entre outros nomes.

O futuro do convertedor e de toda a sua cadeia produtiva tende a ser acompanhado pela forma que é disseminada a inovação e principalmente como ele pensa o conceito D4R. O estudo da Fundação Ellen MacArthur mostra uma série de soluções para melhorar o design das embalagens e viabilizar seu pós-uso.

Atualmente, um dos exemplos mais eficazes neste sentido são as embalagens em que, de fato, ocorre a substituição de polímeros para que elas sejam recicláveis sem perder as propriedades, como é o caso de MDO (sigla em inglês para Machine Direction Oriented) e BOPE (sigla em inglês para Biaxially Oriented Polyethylene), ambos são filmes que apresentam excelente rigidez e propriedades ópticas, além de resistirem a baixas temperaturas.

Segundo o estudo New Plastic Economy, inovar nas embalagens de produtos de limpeza e cosméticos pode gerar uma economia de 80% a 90% de material plástico. Se todas embalagens de cosméticos e produtos de limpeza fossem redesenhadas, representariam uma economia de três milhões de toneladas de plástico, o que equivaleria a uma economia de US$ 8 bilhões; de 85% a 95% dos custos com transporte e uma redução de 80% a 85% nas emissões de gases de efeito estufa.

Na Prática
Para as empresas transformadoras do plástico, a inserção de conceitos relacionados ao design circular começa pelo seu entendimento sobre o impacto da inovação no seu negócio.
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Colocam a Inovação na pauta

É importante ter referências para acompanhar as tendências do setor. Em questão de Design Circular e inovação, sugerimos:

The Circular Design Guide

The Circular Design Guide é fruto da colaboração entre a Fundação Ellen MacArthur e a consultoria global de design IDEO.

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Para acompanhar agentes da cadeia estendida do plástico que conectam parceiros da indústria e pensam nos rumos do segmento, confira:

Associação Brasileira de Embalagens (ABRE)

Entidade que conecta os protagonistas do ecossistema de embalagem ao incentivar a inovação e modelos de negócios cada vez mais sustentáveis, construindo relações transparentes.

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Para entender sobre materiais que viabilizam a reciclagem e reduzem o descarte de plástico no meio ambiente, conheça:

Embalagens sustentáveis criadas pela Dow

Resinas que entregam os mesmos resultados, mas com o volume de espessura reduzido, são resultado de estudos conduzidos pela Dow para simplificar as estruturas dos materiais utilizados em embalagens.

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